sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A Voz da Mãe Natureza

)O( )O(
Eu ouço a voz do vento
E eu ouço você chamar meu nome

Ouça o meu filho que você me diz
Eu sou a voz de sua história
Não tenham medo - vêm me seguir
Responda meu chamado e eu vou te libertar

Eu sou a voz do vento e da chuva
Eu sou a voz da sua fome e dor
Eu sou a voz que sempre está chamando você
Eu sou a voz e eu permanecerei

Eu sou a voz nos campos quando o verão se foi
A dança das folhas quando o vento sopra Autum
Nunca fiz dormir durante todo o tempo frio de Inverno
Eu sou a força que na primavera vai crescer

Eu sou a voz do passado que será sempre
Preenchido com minhas tristezas e sangue em meus campos
Eu sou a voz do futuro
Traga-me a sua paz, traga-me a tua paz
E minhas feridas vão cicatrizar

Eu sou a voz do vento e da chuva
Eu sou a voz da sua fome e dor
Eu sou a voz que sempre está chamando você
Eu sou a voz e eu permanecerei!

 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Em qualquer outro lugar


A melhor coisa que há é sentir o ar puro de um lugar qualquer afastado da cidade. O céu mais azul, o cheiro de verde, a estrada embarrada ou empoeirada, as árvores, os pássaros, e o pulmão pedindo "vá com calma". Digo isso pois o melhor do melhor é um passeio de bicicleta pelos interiores e fins de mundo da cidade. Tudo muda. É tudo mais tranquilo, e nota-se a diferença logo no início. Nada como pegar aquele domingo em que não se tem nada para fazer e sair do sofá para uma aventura. Sair do "tudo igual" e desvendar lugares novos e desconhecidos para você. Pegar aquela entradinha escondida no meio do mato e ver onde vai sair. Ver o caminho se estreitando até as árvores cobrirem o céu, e ter a emoção de encontrar um lugar bonito, um riacho, uma pequena queda d'água, ou talvez uma vista deslumbrante onde parece que não se encontra uma igual em nenhum outro lugar. Sentir a força das suas pernas durante as pedaladas na subida onde lutamos para não desistir, enquanto cruzamos com alguma pessoa humilde caminhando ou de carroça com aqueles rostos abatidos mas sempre muito simpáticos. Parar para beber água, sim. Para tirar umas fotos, com certeza. Há momentos em que vale muito mais a pena largar as comodidades e fazer algo pelo seu corpo e sua mente, do que enchê-los de salgadinhos e programas de auditório. E não há nada melhor do chegar em casa com o corpo todo dolorido, mas com aquela sensação de que valeu tudo a pena!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Daqui pra lá

Eu e minha rotina e os outros com a rotina deles. É engraçado notar como as coisas se repetem tão constatantemente que vira uma rotina que nem percebemos. Viajar todo dia de uma cidade para a outra de ônibus é suficiente para ter essa percepção.
São Mateus - União: quando estou com meu colega de poltrona vamos conversando a viagem inteira, que passa mais rápido, mas não percebo tanta coisa. Quando estou sozinha, além da minha própria rotina vejo outras coisas. Espero entrar na estrada e pego meu livro para ler até dar sono. Geralmente esse sono não vem mas quando anoitece uso dos ultimos quilômetros do caminho para ouvir música. Fico observando o caminho e gosto de ver o céu da janela direita e as casinhas escondidas no mato da janela esquerda. No inverno escurecia mais cedo, mas agora noto que o dia vai embora exatamente num trecho perto de Paulo Frontin, onde tem o que eu não sei descrever direito, mas uma parte onde a estrada se divide em três e seguimos pela do meio. Se eu estiver cochilando sei que estamos chegando quando passamos pela primeira lombada de muitos quilômetros, um pouco adiante do Colina Verde, exatamente à frente de uma banca de frutas. A segunda lombada fica no portal e é hora de se espertar.O caminho entre as faculdades é Fafi, Unc, Uniuv e por fim Uniguaçu. Na Fafi já devo estar bem acordada. Ainda não sei andar muito bem pela cidade, mas decoro alguns caminhos pelos comércios que estão em volta. Fica bem mais fácil. A Unc fica ao lado de uma delegacia, eu acho, e de lá pra Uniuv é um pulinho. Passamos por um asfalto e quando viramos a esquina tem um lanchonete onde todo dia um grupo de homens que trabalha no correio estão tomando cerveja. Viramos novamente em uma igreja estranha onde até hoje esqueci de perguntar a alguém que tipo igreja ela é. Cheguei na aula. O tiozinho está sempre espiando a gente na guarita, e ele tem uma cara de desconfiado. Se eu levar sorte não vai ter ninguém entregando folhetos de shows sertanejos ou de políticos na entrada. Na saída vou pra farmácia. Meu ônibus na maioria das vezes é o último que chega, por isso já decorei a ordem que eles chegam: um micro cinza que não lembro o nome, um chamado RioSul ou coisa assim, branco e verde, depois o Pet, Querubim, Popia, Panek e por fim Nizer. Acho que não esqueci nenhum. Seguindo para a Fafi sempre tem um casal namorando encostados em uma moto na frente de uma padaria no caminho. Pegando todos, a luz só apaga depois que passamos a ponte. A volta não é muito produtiva. É tudo escuro e as pessoas estão dormindo (isso nas segundas, terças e quintas, na quarta tem filme e na sexta tem uma bagunça não tão bagunçada), então resta conversar baixinho, dormir ou ouvir música. É ótimo pra ficar viajando nas músicas e prestar atenção em todos os detalhes da voz e dos instrumentos, pois o barulho de fora é quase nulo, e não tem mais nada para enchergar que lhe tire a atenção.
Fim. Chegamos na cidade e não resta muito mais pra contar. Agora é chegar em casa, comer, ir escovar os dentes antes que um dos meus irmãos entre no banheiro e tome um banho que dura duas horas, e por fim, dormir pra acontecer tudo de novo no dia seguinte. Dica: é bom quebrar a rotina de vez enquando, pra não pirar. Você sempre vai passar por alguma coisa diferente no dia-a-dia e isso é bom. Aproveitar ao último os momentos bons é uma ótima opção para um dia perfeito. =)

sábado, 11 de setembro de 2010

Abaixo ao "MB"!!

Sim, sou perfeccionista. Se não está bom, eu vou melhorar. Agora falta um incentivo né!?
Se há algo que me faz pirar é receber um "MB" nos trabalhos! Antes não era assim. Eu recebia e pensava, ah, legal, é sinal de que não foi odiado. Mas estou ficando com um trauma quanto a escrever minhas redações para a faculdade. A fahena só coloca "MB"! Sim! Em todos os trabalhos!
Não sei se é implicância, ou realmente meus trabalhos valem um "MB". O fato é que isso está me torturando! Quando comecei a notar isso resolvi me esforçar mais (aliás, talvez seja esse o plano dela), mas até mesmo quando eu fazia O trabalho, continuava com "MB"! Certo dia ela nos deu um texto de Monteiro Lobato. Era uma crítica dele à arte abstrata, em especial ao trabalho de Anita Malfatti. Nós tinhamos que fazer a nossa crítica a respeito. Então tá! Vamos lá! Fiz o que considerei minha melhor redação até o momento. Expus opiniões, exemplos, e a minha crítica, é claro, que achei muito coerente por sinal.
Adivinha o que eu recebi por ele?? MB...
Ela pediu para fazermos um artigo científico sobre um assunto que estava mais para administração do que para comunicação social. Está bem! Vamos fazer o que ela quer! Fiz O Artigo. Gastei horas preciosas dos meus dias, emprestei vários livros, vasculher por toda a internet, li até "O monge e o executivo" (já que era sobre liderança)! Escrevi com as minhas palavras direitinho, usei citações direta e indireta, deixei o assunto claro, um tanto longo e compus uma bibliografia a lá artigo de verdade. 
E então???.........................................................................................MB !

Se é implicância, é implicância comigo, pois já vi um "excelente em algum lugar"
Afinal, qual é essa hierarquia mesmo?

excelente
ótimo
MB (muito bom)
bom
regular
péssimo
....
?????
afff
Se algum dia ela aparecesse muiiiiito bem humorada a ponto de não me marcar até o fim da vida e para todo o sempre eu falaria isso com ela. Mas, quando ela vê o Willian, por exemplo, vejo raios saindo de seus olhos em direção a ele, como em desenho animado, sabe. Só que parece que a intenção dela é explodir a cabeça dele, então...

Ah, mas espere o próximo "MB"..... 
"R$50 para quem conseguir pegar o porco engraxado!"


Isso é um circo?
É diversão?
São mesmo pessoas que promovem isso?


...

IdeologiaS

Ontem me senti mais motivada a defender os meus ideais.
A aula era Filosofia. O assunto: Ideologias. O trabalho: falar sobre uma.
Foi uma ótima oportunidade para defender o que seria a minha ideologia: o vegetarianismo. Aliás, uma delas. Willian me apoiou e começamos a expor os ideais desse modo de vida, não tentando fazer a cabeça de ninguém, mas mostrando o que é, como é, exemplos, depoimentos etc. O que eu não esperava era ver um professor de filosofia (para não chamá-lo de filósofo) questionando com a gente como se o assunto fosse uma mera futileza e capricho, sem importância nenhuma. É, foi desse jeito mesmo, sem exageros. Minha imagem mudou quanto a ele, que já demonstrou ser homofóbico e preconceituoso. Quis dizer que o movimento é um sinal de que o homem quer se distanciar dos outros animais, esquecendo-se de que não deixa de ser um também. Uma insinuação de superioridade, nos comparando a um leão, como se fossemos iguais, questionando até sobre a pré-história, e outros fatores como um típico mente fechada. Para nossa sorte conseguimos retrucar a tudo e o deixamos sem respostas. 
A questão é que isso me deu mais motivação para lutar pelos meus ideias e ideologias! 
É claro, tendo um fundamento e sabendo responder a todos os questionamentos que aparecerem. As vezes me sinto meio ignorante por não saber debater sobre alguns assuntos, ou por não ter um ponto de vista sobre algo. Claro, só sei que nada sei, mas sobre o que me interessar, saberei debater!

Obs: um bom curso de oratória também será útil!

GO VEGAN!! 
 


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Desobrigação do diploma de Jornalismo

A notícia já é velha mas as dúvidas quanto a essa questão ainda são bem recentes. Há um ano foi aprovada em comissão da Câmara no Supremo Tribunal Federal a não exigência do diploma para exercer a função de jornalista. Essa decisão foi questionada por muitos e várias polêmicas surgiram logo a seguir.
Nós, estudantes de jornalismo acabamos sofrendo críticas sem fundamento por pessoas ignorantes que viram isso como um, agora, estudo inútil. Vamos colocar esse assunto em questão novamente.
Então quer dizer que qualquer idiota pode trabalhar como jornalista? Ora, sejamos sensatos. Em primeiro lugar uma pessoa com um conhecimento adequado obtido durante o estudo nem se compara a um qualquer que se diga jornalista apenas por escrever bonito.
Esse fato soou com tanto impacto que as pessoas nem se deram conta de que, se levar ao pé da letra muitas outras profissões não exigem diploma e isso a muito tempo. Administração não exige. Publicidade não exige. Agora, vamos parar para pensar: Quantas pessoas anualmente se matriculam em universidades para essas profissões? É, são muitas, e é um número que vem crescendo constantemente. Por quê? Por que elas querem adquirir conhecimento, prática, especialização, e além de tudo sabem que, no mercado de trabalho, a empresa vai dar muito mais valor a alguém que tenha esse estudo. Eles não são idiotas. Querem o que é melhor para a empresa e vendo um candidato preparado, eu digo estudado e com bagagem de conhecimento sobre a área, não irão pensar duas vezes se compararem a algum outro que da noite para o dia se considere jornalista. 
Ah, eu sou blogueiro, sou um jornalista! Devemos rir disso.É nada. Eu mesmo, Thaís, sou blogueira para praticar e expôr minhas ideias, mas estou estudando jornalismo porque gosto e porque sei que isso será e já está sendo importante para mim, e sei que ainda não estou preparada para essa função, mas que daqui alguns anos, com certeza vou ser!
Espero agora que quem veio nos criticar se dê conta do que realmente é importante. Sonhamos alto e não vamos dar ouvido àqueles que vêm dizer que não vai dar certo!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


Os dias estão estranhos. Estranhos mas legais. Ou quase isso.
Com exceção da chuvinha de sábado a noite o tempo está seco há umas duas ou três semanas.
O dia está abafado como um deserto, e o céu fica com uma coloração estranha, uma mistura de céu azul com poeira e poluição. Dá até uma agonia. 
A melhor parte do dia é o entardecer. Com o céu daquele jeito, a única coisa que fica bonita é o sol. Uma bola laranja enorme, em que se você tiver uma boa câmera não pode deixar de fotografar. Aquela cor não definida vai dando espaço para um laranjado indescritível no horizonte. Parece uma mágica no céu.
À noite, a noite. Escuridão, e algumas estrelas, onde o calor desértico vai dando lugar a um arzinho gelado, mas não exagerado.

Uma pequena chuva já é suficiente para trazer o céu ao seu normal. Ele volta a ser azul de verdade, mas aquele pôr do sol, fica para a próxima.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sim, Chaplin, a coisa mais injusta sobre a vida é mesmo a maneira como ela termina.
Não generalizando mas sendo realista, afinal, qual a probabilidade de uma pessoa morrer dormindo aos 100 anos de idade?? 
Vivemos cheios de dúvidas sobre como pode alguém ir embora antes da hora. Temos um ciclo natural, e este não devia ser quebrado. Tentamos encontrar respostas de conforto, mas dificilmente iremos encontrar. 
Também não devemos ser egoístas. O céu precisa estar equilibrado. Já pensou em um monte de anjos da guarda velhinhos que nem mesmo a alma tem energia pra sustentar? No céu deve ter velhos sábios ensinando a juventude, crianças na mais pura inocência correndo pelas nuvens, jovens adultos que usem de seus dons para proteger o mundo. 
Deus pode precisar de um artista, de um pedreiro, de um dançarino, de uma estudante de educação física. As pessoas que ficam sofrem tristes pela perda, mas às vezes não se dão conta de que isso não é realmente uma perda. Ela saiu da terra mas entrou no céu. Temos um anjo a mais para cuidar de nós, e certamente uma nova vida chegando através de um bebezinho que acaba de nascer. Deus não é injusto. Ele pode ser chamado disso de vez enquando, na hora da dor. Mas tudo tem um porém, um motivo para ser feito, e nada é em vão.
Não podemos vê-los agora, mas eles estão olhando para nós, e são eles que dão a força que cada um precisa para curar essa ferida, e esse vazio aos poucos vai se encher de alegria novamente. 


"Por que não podemos ver o céu?
Porque se vissemos como é, gostaríamos tanto que iriamos querer ir para lá antes da hora!"


Thaís Lima