sexta-feira, 27 de maio de 2011

A banda mais bonita da cidade

Bom, a princípio minha intenção aqui não era a de ficar repetindo assuntos, e tornar o blog algo muito específico. Sei que já falei sobre música recentemente, e sobre a sensação que ela nos traz, e blá blá blá. O problema é que (na verdade isso não é um problema), quando coisas boas aparecem pelo caminho, não podemos deixar passar .A música da vez entra novamente em foco.

A banda mais bonita da cidade deu o ar de sua graça no youtube há pouco menos de um mês. A música Oração tem mais de 2 milhões, isso mesmo, 2 MILHÕES de visualizações no site de vídeos, que conquistou, garanto, todos os corações. Uma letra simples, bonita, e que gruda na cabeça da gente em questão de segundos. 

O barato da banda é que ela é totalmente independente. Além das gravações, seus componentes tocam em outras bandas, e amigos quase sempre estão presentes nas músicas, sem fazer parte da banda. Os membros "oficiais" são Uyara Torrente (vocal), Vinícius Nisi (violão e teclado), Rodrigo Lemos (ukulele e guitarra), Diego Plaça (violão e baixo) e Luís Bourscheidt (percussão e bateria). Com exceção da vocalista, são todos formados em música ou produção musical e, é... eles entendem da coisa. Agora, o melhor de tudo: são paranaenses!

Ah, que orgulho saber que o Paraná não espirra apenas duplas sertanejas e afins. Sim, há coisa boa por aqui. Os curitibanos (e viva a capital!) são apontados como a primeira manifestação de um movimento musical, os "Novos Curitibanos". Neles, observa-se a clara referência da banda Beirut, e o canto de Uyara se destaca como aquela voz gostosa de ouvir, tipicamente brasileira, tom que você só encontra em cantoras nacionais.

Agora, quanto à Oração, pode-se perceber um ar de descomprometimento, como o qual "ei, vamos juntar uma galera e cantar juntos!?". Seis minutos filmados em plano-sequência, ou seja, a ação toda sem cortes, em uma casa simplesmente maravilhosa, cedida pela amiga que aparece tocando bandolim. Falando em amigos, nada como ter um grupo de amigos tão grande, com tamanho bom gosto musical. Além das vozes, há guitarras, violões, viola, bandolim, flauta, piano infantil(?), e uma infinidade de instrumentos. O pessoal é descolado, cheio de estilo. Um ar cool sem esnobismo. A letra é facil, bonitinha (realmente muito fofa), e marcante. É uma daquelas músicas capaz de mudar o seu humor, e te deixar zen, todo bobo, alegre, vendo purpurina e flores caindo do céu.

Voltando a realidade, é claro que a banda está aproveitando o seu momento para agendar shows e mais shows, e não duvido que já haja muita gravadora nos seus calcanhares. Dá vontade de comprar um violão, colocar a flauta embaixo do braço e ir pra Curitiba bater na porta deles para ser feliz.

sábado, 14 de maio de 2011

O sábado traz uma sensação boa. Uma sensação de término, mas feliz. Uma sensação de missão cumprida. Uma sensação parecida com a de quarta-feira, quando se fecha a edição do jornal da semana. Parecida com a quando se termina de ler um livro. Ou quando se revê pela vigésima vez um filme que te faz se sentir bem. A sensação de saber que neste dia vou dormir sem ter hora pra acordar, que vou ter volei no fim da tarde com os amigos, que vou matar as saudades do amor de noitinha. A sensação de ouvir uma música que te deixa inspirada, ou relembrar de uma ocasião que te deixa feliz. A sensação de criar novos planos, e contar os dias para que ele se realize. A sensação de novas ideias fervilhando na cabeça. A sensação de alívio ao saber que acabou, mas de ansiedade ao saber que novas coisas vão começar a acontecer. Ah, sábado...

sábado, 7 de maio de 2011

Alguma coisa está errada por aqui

  Ontem a casa do meu namorado foi assaltada. Aparentemente levaram tudo o que tinha de eletrônico na casa. Notebook, aparelho de DVD, até barbeador elétrico e carregador de pilhas. Ao voltar da faculdade, depois das dez da noite, foi que ele se deu conta de que alguém havia passado por lá. Talvez pela janela do banheiro? Não havia sinais de arrombamento. Alguém, que sabia da rotina dele, entrou na casa. Que ladrão idiota iria roubar uma casa as 8h da noite? Só pode ter sido alguém que sabia que ele só voltaria depois das 10h. O boletim de ocorrência foi feito logo em seguida, mas não havia nenhuma viatura policial disponível para fazer uma busca, porque 21 presos fugiram da cadeia na mesma noite. Não é irônico? Isso nos faz pensar, até que ponto a impunidade pode ficar por isso? Muito possivelmente menores de idade drogados invadiram uma casa no meio da noite, e mesmo que fossem pegos, "oh, são menores! foram influenciados! não têm culpa"! Vão se ferrar! Enquanto vagabundos roubam coisas de quem tem trabalha para comprar, dois ou três policiais levam um banho de marginais por não conseguirem cuidar sozinhos de uma cadeia com 70 detentos. Impunidade? Falta de policiais? E não estamos falando de uma grande cidade, que está acostumada com a marginalidade. Mas sim de um município que não tem nem 50 mil habitantes. Já está na hora de parar de subestimar as cidades pequenas. Bandido tem em todo lugar. Acho que alguma coisa está errada por aqui.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A boa e velha bicicleta

  Companheira dos esportistas, das crianças, dos transportes sustentáveis, ou daquele que quer deixar o carro na garagem de vez em quando, só pra variar e ir ao trabalho pedalando. Desde que foi inventada, no século XIX, aquela geringonça estranha que tinha uma roda maior do que a outra foi conquistando mais e mais usuários, como meio de transporte prático, barato, que não polui e de quebra garante algumas calorias perdidas. Eis algumas boas histórias de pessoas e suas magrelas:
  Um tempo atrás, li uma reportagem na Vida Simples sobre quatro mulheres e suas bicicletas. Cada uma tinha uma profissão diferente, morava em uma capital diferente, tinha uma bike diferente, e a usava em ocasiões diferentes. Adorei a história de uma delas. Não me recordo se ela era de São Paulo ou Porto Alegre, mas Márcia,  publicitária, ia todos os dias de ônibus para o trabalho, e percebeu que gastava muito tempo em uma viagem relativamente curta, de casa para o trabalho. Passava todos os dias pelo grande centro, enfrentando congestionamento, buzinas, poluição e o stress de todo trânsito de uma grande cidade. Um belo dia, comprou uma bicicleta e abandonou o ônibus. Levou o mesmo ou até menos tempo para chegar ao trabalho, conheceu ruas alternativas com paisagens diferentes, passou a trabalhar com mais disposição e até perdeu uns quilinhos. A publicitária só encontrou benefícios na troca que, sim, a fez mais feliz. Sua bicicleta é dobrável, e se ela ganha uma carona num fim de tarde, dobra a bike, a coloca no porta-malas e volta sem transtorno nenhum.

  Rick Hoyt tem paralisia cerebral. Complicações no parto o deixaram paralítico e com problemas mentais. O médico disse aos seus pais que ele viveria como um vegetal. Seu pai, Dick, observou que o filho, apesar de não conseguir se comunicar direito, era muito inteligente. Compreendia tudo ao seu redor, e adorava esportes. Hoje, pai e filho já participaram juntos de 64 maratonas de triatlon. A bicicleta de Dick personalizada. Rick é acomodado na parte da frente enquanto seu pai pedala atrás. Ninguém mais subestima suas capacidades.


  Oldemar Mazzardo, junto ao seu irmão e namorada, iniciaram uma viagem de mais de 15 mil Km pela América do Sul. Detalhe: de bicicleta. Foram 519 dias em cima da magrela, junto à mochilão, barraca e alforjes. A viagem teve início na Guatemala, onde o trio foi descendo pela América, conhecendo 12 países, seu povo, sua cultura, suas peculiaridades, e, é claro, suas estradas. O grupo evitava ao máximo pagar pelos luxos de hotéis e restaurantes. Acampavam em lugares seguros, e aproveitavam cada detalhe das cidades pelas quais passavam. Subiram montanhas, conheceram comunidades antigas, realizaram trabalhos voluntários, foram assaltados (?) e outras milhares de coisas interessantes. Depois de 17 meses, entraram no Brasil pela fronteira Argentina/Foz do Iguaçu, e retornaram à cidade natal. Uma bela história pra contar para os netos. Uma viagem de desapego às futilidades a lá "Na natureza selvagem". Seu diário de bordo está disponível no site www.crazyguyonabike.com.
  É... não subestime a magrela. Acho que se pode chegar a qualquer lugar sobre duas rodas e nenhum motor!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A música da vez

Como já comentei em outro post, a música tem as suas mágicas. Bom, não vou ficar repetindo minhas suposições, e sim falar sobre a música da vez. Depois de Teatro Mágico, meu clima musical de um salto nas notas e foi para o rock anos 90.
Descobri No Doubt por acaso, durante uma carona com uma amiga. O que ela definiu como "música de adolescente revoltada", eu considerei perfeito para se ouvir em uma viagem de carro por uma estrada longa e vazia. A vocalista é Gwen Stefani, que no momento segue uma carreira solo não tão bem-sucedida. Na minha opinião, ela acabou fugindo do bom e velho rock'n roll para entrar no mundo das Britney Spears da moda. Ela, quase quarentona, não caiu bem nos clipes "sexys". Bem, voltando ao foco, No Doubt caiu no sucesso a partir de 1995, com músicas como Just a Girl e Don't Speak A banda deu uma caida um tempo atrás, e agora, com a possível volta de Gwen para a banda e o abandono definitivo de sua duvidosa carreira solo, há possibilidades de novos álbuns virem por aí.
Um pouco de NoDoubt:

quarta-feira, 4 de maio de 2011